VALÊNCIA, 7 de jul de 2006 às 15:39
O Arcebispo de Burgos, Dom Francisco Gil Hellín, denunciou que a família "é atacada com ódio por toda uma corte de bezerros do poder, do dinheiro e do prazer que não toleram que seja um dique de contenção" diante dos que vão "contra a lei natural".
O Prelado disse que na Espanha "aumentaram os ataques" para "destruir a família". "Nos anos 80 já se tentou apagar a palavra família, mas como não foi eficaz, tenta-se agora diluir seu conteúdo específico", explicou.
Esta nova estratégia, advertiu, passa por "modificar e enfraquecer a comunhão do homem e mulher, dissolvendo sua complementaridade e assegurando que em qualquer momento se pode dissolver" o matrimônio. Também, assinalou o Arcebispo, busca-se evitar "a transmissão da vida e facilitar a contracepção", fazendo dos pais "cúmplices no crime do aborto".
Dom Gil Hellín deu estas declarações durante a apresentação do livro "Encontros mundiais de João Paulo II com as famílias", editado pela Conferência Episcopal Espanhola para o V Encontro Mundial das Famílias. O texto reúne nove discursos e homilias do Pontífice sobre a família.
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Ao comentar o livro, o Arcebispo lembrou as palavras de João Paulo II no Rio de Janeiro (1997), onde afirmou que "em torno da família se livra a batalha sobre a dignidade do homem".
Do mesmo modo, assinalou Dom Gil, o Pontífice anterior advertiu aos bispos e cardeais que "se for preciso ir às ruas em defesa do matrimônio e da família, teremos que ir".
"Este ensinamento não deve ficar relegado ao baú das memórias. Deve ser fonte de estudo para as famílias cristãs de hoje", afirmou o Arcebispo de Burgos.